A saúde do cartoon e dos artistas que fazem dela a sua vida é, nesta entrevista, analisada pelo historiador Osvaldo Macedo de Sousa a quem devemos a maior parte das iniciativas que nos educaram para a riqueza do humor, como o AmadoraCartoon, o Salão Nacional Humor de Imprensa, o Salão Livre de Humor Nacional ou o primeiro PortoCartoon.
Com uma extensa obra bibliográfica e um imparável activismo cultural, fez o Curso Superior de Canto do Conservatório Nacional de Lisboa e faz parte integrante do coro do Teatro Nacional de São Carlos. Tem sido um cultor incansável da cultura do humor gráfico e disso nos traz o seu testemunho.
Começou em 1980, com a realização do Inventário da Caricatura Portuguesa, trabalho realizado para a Fundação Calouste Gulbenkian. A partir daí assumiu a produção cultural e historiográfica no campo do humor gráfico, trabalho de que nos fala nesta entrevista.
A conversa com o Cascais Art Center é também uma apreciação profunda do actual panorama do sector, a nível nacional e global. Sem poupar nas considerações que tece à forma como devia ser apoiado e difundido desde o ensino escolar básico.
Os políticos não gostam de si próprios. Detestam-se. Não há um único político que goste de si próprio. Precisam de ser agradáveis. Porque eles não são naturais. Aquilo é tudo construído, portanto, não sabem rir. – Osvaldo Macedo de Sousa
Conhece bem os artistas históricos do humor português e também as novas gerações. Sabe do que precisam para desenvolver o seu trabalho de forma condigna e contribuir para a formação de uma sociedade mais atenta e crítica.
Além do canto que preenche o seu quotidiano profissional, Osvaldo Macedo de Sousa é o responsável pelo que conhecemos sobre o humor gráfico português, ao qual dedica, com iniciativas e obras documentais, outra parte da sua vida.
Tem mais de duas centenas e meia de livros publicados sobre o tema e continua a desenvolver projectos de divulgação que enriquecem o conhecimento da obra notável de muitos artistas nacionais. O conselho que deixa é o de não deixar de visitar os museus que reservam um lugar especial ao humor dos cartoons, conhecer a obra de autores incontornáveis e cultivar o gosto pelas mensagens que passam.
O humor é para rir e pensar por que razão foi feita a piada. – Osvaldo Macedo de Sousa
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